Curetagem: o que é, como é feita, quando fazer e riscos

Curetagem refere-se à remoção cirúrgica do tecido do útero, realizada sob anestesia. Indicada após abortos ou para diagnóstico, pode apresentar riscos de infecção ou hemorragia.

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Quando é indicada

A curetagem é um procedimento médico frequentemente indicado em diversas circunstâncias relacionadas à saúde da mulher. Uma das razões mais comuns é a interrupção de uma gravidez que não está evoluindo normalmente, incluindo casos de aborto espontâneo ou mola hidatiforme, em que o tecido placentário se desenvolve de maneira anormal. Além disso, a curetagem também pode ser utilizada após um aborto incompleto, quando nem todos os tecidos foram expelidos, ou para investigação e tratamento de sangramento uterino anormal, servindo para retirar pólipos ou amostras de tecido para biópsia. Identificar a causa do sangramento pode ser crucial para definir o tratamento adequado.

Como é feita a curetagem

Realizada em ambiente hospitalar, a curetagem requer preparo específico, incluindo jejum de cerca de 6 a 8 horas. O procedimento pode ser feito sob anestesia geral ou local, dependendo do caso. Inicia-se com a dilatação do colo uterino, seguida pela inserção de uma cureta — instrumento com formato de colher — para remover o tecido do útero. A curetagem pode ser mecânica, utilizando a cureta manual, ou a vácuo, que usa sucção para retirar o tecido. O método a vácuo é geralmente considerado mais seguro e menos dolorido, reduzindo o risco de complicações. A duração varia, mas o procedimento costuma ser rápido, permitindo que a paciente volte para casa no mesmo dia.

Como fica o útero depois da curetagem?

Após o procedimento, é natural ocorrer sangramento vaginal por alguns dias, podendo se estender por até duas semanas. Esse sangramento é geralmente mais leve que um período menstrual. O útero começa imediatamente o processo de cicatrização, que pode levar algumas semanas. Durante esse período, é aconselhável evitar o uso de tampões e a prática de relações sexuais para reduzir o risco de infecção. O retorno à normalidade do útero e o reinício dos ciclos menstruais variam de mulher para mulher, mas a maioria retoma suas atividades normais em poucos dias, mantendo acompanhamento médico para monitorar a recuperação.

É possível engravidar após a curetagem?

Sim, é possível engravidar após uma curetagem. Muitas mulheres conseguem ter uma gravidez saudável após o procedimento. Entretanto, médicos geralmente recomendam esperar um determinado período antes de tentar engravidar novamente para permitir que o útero se recupere adequadamente. Esse período pode variar, mas muitos especialistas sugerem esperar até que a mulher tenha pelo menos uma menstruação normal, o que pode levar de um a três meses. Discutir planos de gravidez futura com o médico é crucial para receber orientações personalizadas e garantir tanto a saúde da mulher quanto a do futuro bebê.

Possíveis riscos

Como qualquer procedimento cirúrgico, a curetagem apresenta riscos, embora graves complicações sejam raras. Os riscos incluem infecção, sangramento excessivo e perfuração do útero. Em casos muito raros, pode ocorrer a síndrome de Asherman, caracterizada pela formação de cicatrizes dentro do útero, que pode levar a dificuldades futuras com menstruação e fertilidade. Medidas preventivas, como a utilização de técnicas adequadas e a prescrição de antibióticos, podem minimizar esses riscos. É fundamental escolher um profissional qualificado e discutir as preocupações e expectativas antes do procedimento para garantir o melhor cuidado possível.

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Espero que essa visão geral concisa sobre a curetagem e os temas relacionados seja útil. Para informações mais detalhadas ou especificidades, é sempre recomendável consultar um profissional de saúde.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.