A Eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento médico no qual breves impulsos elétricos são aplicados ao cérebro, sob anestesia geral, para tratar doenças mentais, como a depressão severa. Ela age no sistema nervoso central e pode ser realizada quando os tratamentos convencionais falham, proporcionando alívio sintomático.
Quando é indicada
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A Eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento terapêutico utilizado principalmente no tratamento de transtornos mentais graves, como a depressão resistente a outros tratamentos, esquizofrenia catatônica e mania grave. Indivíduos que não respondem adequadamente à terapia medicamentosa ou que não podem tomar certos medicamentos devido a problemas de saúde ou intolerância podem se beneficiar dessa técnica.
A ECT também pode ser indicada em casos de emergência, como quando há risco iminente de suicídio ou quando um paciente está gravemente debilitado devido à intensidade dos sintomas mentais. É importante ressaltar que a decisão de realizar o procedimento deve ser tomada de forma conjunta entre o paciente, seus familiares e a equipe médica responsável, considerando os riscos e benefícios envolvidos.
Como funciona
A ECT é um procedimento que consiste na aplicação de uma corrente elétrica no cérebro do paciente, induzindo uma convulsão controlada. Antes do procedimento, o paciente é sedado e recebe um relaxante muscular para minimizar desconforto físico e prevenir lesões durante a convulsão. Durante a aplicação da corrente elétrica, o paciente não sente dor.
Acredita-se que a ECT atue modificando a atividade dos neurotransmissores no cérebro, sendo eficaz no alívio dos sintomas psiquiátricos. O número de sessões necessárias varia de acordo com a resposta individual, mas geralmente são realizadas de duas a três vezes por semana, totalizando cerca de seis a 12 sessões.
Possíveis complicações
Embora a ECT seja considerada segura, como qualquer procedimento médico, pode apresentar complicações. Durante o procedimento, podem ocorrer efeitos colaterais temporários, como dor de cabeça, confusão mental, náuseas e amnésia retrograda (perda de memória referente ao período anterior ao tratamento).
Raramente, a ECT pode causar complicações mais graves, como fraturas ósseas devido à convulsão, arritmias cardíacas, dificuldades respiratórias ou reações alérgicas aos medicamentos utilizados durante a sedação. Entretanto, a monitorização cuidadosa e o acompanhamento médico adequado reduzem significativamente o risco dessas complicações.
Quando não é indicada
Embora a ECT seja uma opção terapêutica eficaz em muitos casos, existem situações em que o procedimento não é indicado. Pacientes com aneurisma cerebral, histórico de derrame recente, doenças cardíacas instáveis, hipertensão arterial não controlada ou outras condições sérias de saúde que impedem a segurança do procedimento devem ser cautelosos quanto à sua realização.
Além disso, a ECT geralmente não é recomendada durante a gravidez, embora em casos excepcionais seja necessário pesar os riscos e benefícios para a mãe e o feto.
É essencial que a decisão de realizar a ECT seja baseada em uma avaliação cuidadosa, considerando a saúde geral do paciente, histórico médico e psiquiátrico, bem como suas preferências individuais. O diálogo aberto entre o paciente e a equipe médica é fundamental para determinar a melhor opção terapêutica, levando em consideração tanto os aspectos clínicos quanto éticos.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.
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