A incontinência de esforço é a perda involuntária de urina ao realizar atividades físicas ou esforços. Causada por fraqueza dos músculos pélvicos, pode ser tratada com exercícios de fortalecimento e, em casos mais graves, com intervenções cirúrgicas.
O que pode causar a incontinência
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A incontinência de esforço é um problema de saúde que afeta principalmente as mulheres, embora também possa ocorrer em homens. Ela é caracterizada pela perda involuntária de urina durante a realização de atividades físicas, como tossir, espirrar, rir, levantar objetos pesados ou praticar exercícios de alta intensidade. Acredita-se que essa condição seja causada por um enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, que são responsáveis por sustentar os órgãos pélvicos, incluindo a bexiga. Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento da incontinência de esforço, tais como:
1. Gravidez e parto: Durante a gravidez, o aumento do peso do útero exerce pressão sobre a bexiga, podendo enfraquecer os músculos do assoalho pélvico. Além disso, o processo de parto, especialmente se ocorrer de forma traumática ou envolver o uso de instrumentos médicos, também pode danificar esses músculos.
2. Envelhecimento: Com o passar dos anos, é natural que os músculos e tecidos do corpo se tornem mais fracos e percam elasticidade. Isso inclui os músculos do assoalho pélvico, o que pode levar à incontinência de esforço em pessoas mais velhas.
3. Menopausa: A diminuição dos níveis de estrogênio durante a menopausa pode afetar a saúde dos músculos do assoalho pélvico, tornando-os mais fracos e propensos à incontinência.
4. Obesidade: O excesso de peso coloca pressão adicional nos músculos do assoalho pélvico, o que pode contribuir para a incontinência de esforço.
5. Cirurgias pélvicas: Algumas intervenções cirúrgicas realizadas na região pélvica podem danificar os músculos do assoalho pélvico, aumentando as chances de desenvolver incontinência de esforço.
Como confirmar o diagnóstico
Se você suspeita que está sofrendo de incontinência de esforço, é importante consultar um médico para obter um diagnóstico adequado. O médico realizará uma avaliação completa de seus sintomas e histórico médico. Além disso, é provável que ele peça alguns exames de diagnóstico para confirmar a presença da incontinência de esforço. Esses exames incluem:
1. Exame físico: Durante o exame físico, o médico verificará a força dos músculos do assoalho pélvico, fazendo com que você aperte os músculos como se estivesse interrompendo o fluxo de urina.
2. Exame de urina: Um exame de urina pode ser solicitado para descartar a presença de uma infecção urinária, que também pode causar sintomas semelhantes à incontinência de esforço.
3. Teste de esforço: Um teste de esforço é frequentemente realizado para simular as condições que causam a incontinência. Durante o teste, você será instruído a tossir, espirrar ou realizar outras atividades que normalmente causam a perda de urina, enquanto o médico observa e registra a quantidade de urina perdida.
4. Avaliação urodinâmica: Este é um teste mais complexo que mede a pressão e o fluxo da urina na bexiga. É útil para determinar a capacidade da bexiga e a força do músculo esfincteriano, além de identificar outros problemas urinários que podem estar contribuindo para a incontinência.
Como é feito o tratamento
Felizmente, a incontinência de esforço pode ser tratada com sucesso na maioria dos casos. O tratamento pode envolver uma abordagem combinada, incluindo terapia comportamental, fisioterapia e, em alguns casos, até mesmo cirurgia. Aqui estão algumas opções de tratamento comuns para a incontinência de esforço:
1. Fisioterapia do assoalho pélvico: Essa técnica envolve o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico por meio de exercícios específicos, como os exercícios de Kegel. Um fisioterapeuta especializado pode ajudar a identificar e orientar a execução correta desses exercícios.
2. Estimulação elétrica: Este tratamento envolve o uso de correntes elétricas para estimular os músculos do assoalho pélvico. A estimulação elétrica pode ajudar a fortalecer esses músculos e melhorar o controle da bexiga.
3. Dispositivos vaginais: Alguns dispositivos, como cones ou pesos vaginais, podem ser usados para exercitar os músculos do assoalho pélvico. Eles são inseridos na vagina e exigem contração muscular para mantê-los no lugar, fortalecendo assim esses músculos.
4. Medicações: Em alguns casos, o médico pode prescrever medicações que ajudam a melhorar a função da bexiga e reduzir a incontinência de esforço. Tais medicamentos podem incluir agentes anticolinérgicos ou medicamentos hormonais, dependendo da causa subjacente da incontinência.
5. Cirurgia: Nos casos mais graves e persistentes de incontinência de esforço, pode ser necessário recorrer à cirurgia. Existem diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos disponíveis, como implantação de sling ou procedimentos de suspensão da bexiga, que podem ajudar a corrigir o problema e melhorar o controle da bexiga.
É importante ressaltar que a escolha do tratamento dependerá de vários fatores, incluindo a causa da incontinência, a gravidade dos sintomas e a preferência do paciente. Portanto, é fundamental buscar orientação médica adequada para receber um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.
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