Prolactina alta pode indicar distúrbios hormonais, causando sintomas como galactorreia e infertilidade. O tratamento varia, podendo incluir medicamentos ou cirurgia, com chances de cura.
Principais sintomas
Conteúdo
A prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise e desempenha papéis cruciais no corpo, especialmente relacionados à lactação e à reprodução. No entanto, quando seus níveis estão elevados, podem surgir vários sintomas notáveis. Entre os principais, destaca-se a galactorreia, que é a produção de leite fora do período de amamentação, independentemente do gênero do indivíduo. Este é frequentemente um dos primeiros sinais que podem indicar um desbalanço nos níveis desse hormônio.
Mulheres podem experimentar irregularidades menstruais ou amenorreia, que é a ausência completa do ciclo menstrual. Ambos os sexos podem enfrentar problemas de infertilidade e uma diminuição na libido. Outros sintomas podem incluir disfunção erétil nos homens, perda óssea (osteopenia ou osteoporose) devido a níveis prolongadamente baixos de hormônios sexuais e, em casos mais severos, sintomas de um tumor hipofisário, como dores de cabeça e problemas de visão, se o alto nível de prolactina for causado por tal crescimento.
Quando é prolactina alta
Determinar quando a prolactina está elevada envolve compreender os valores normais deste hormônio no sangue. Em geral, os níveis considerados normais podem variar ligeiramente dependendo do laboratório, mas para mulheres não grávidas o valor típico é menos de 25 ng/mL e para homens, menos de 15 ng/mL. Durante a gravidez e amamentação, os níveis de prolactina podem aumentar significativamente, o que é completamente normal.
Um diagnóstico de prolactina alta, ou hiperprolactinemia, é geralmente confirmado quando os níveis do hormônio estão acima desses valores padrões, sem que haja gravidez. Tal condição pode ser identificada através de exames de sangue que medem a quantidade de prolactina circulante. É importante notar que pequenas variações podem ocorrer, sendo aconselhável repetir o teste para confirmar a consistência dos níveis elevados antes de um diagnóstico definitivo.
O que pode ser
A hiperprolactinemia pode ter várias causas subjacentes, variando de condições benignas a mais sérias. Uma das causas mais comuns é a presença de microadenomas ou adenomas prolactinomatosos na glândula hipófise – tumores geralmente benignos que produzem prolactina em excesso. Medicamentos também podem estar entre os culpados, especialmente aqueles usados para tratar depressão, psicose e hipertensão, além de certos tipos de antieméticos e estrogênio.
Outros fatores que podem contribuir para o aumento da prolactina incluem doenças da tireoide, como o hipotireoidismo, onde a falta de hormônios tireoidianos pode estimular a produção de prolactina pela hipófise. Lesões no tórax, cirurgias ou outras irritações podem também aumentar os níveis desse hormônio através de mecanismos nervosos. Ainda, o estresse físico ou emocional elevado pode ser um fator temporário de aumento na prolactina.
Como é feito o tratamento
O tratamento para a prolactina alta visa, primeiramente, abordar a causa subjacente ao aumento hormonal. No caso de tumores hipofisários, opções incluem medicamentos como agonistas da dopamina, que são eficazes na redução da maioria dos prolactinomas. Em casos em que os tumores são resistentes a tratamentos medicamentosos ou causam sintomas severos devido ao seu tamanho, pode-se considerar a cirurgia para sua remoção.
Para situações onde a causa é medicamentosa, pode ser necessário ajustar ou mudar a medicação em questão, sempre sob a supervisão de um profissional. Quando a hiperprolactinemia é resultante de problemas da tireoide, tratamentos específicos para normalizar a função tireoidiana podem ser indicados.
Independente da causa, o acompanhamento médico é essencial em todo processo, com exames regulares para monitorar os níveis de prolactina, avaliar a eficácia do tratamento e fazer ajustes conforme necessário. É importante notar que, em muitos casos, o tratamento adequado pode levar à normalização dos níveis de prolactina, alívio dos sintomas e, em situações de infertilidade, à recuperação da fertilidade.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.
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