Fibroma uterino: o que é, sintomas, causas e tratamento

O fibroma uterino é um tumor benigno que se desenvolve no útero. Pode causar dor, sangramento intenso e períodos menstruais prolongados. A causa exata é desconhecida, mas fatores genéticos e hormonais podem estar envolvidos. O tratamento pode variar entre medicamentos, procedimentos minimamente invasivos e cirurgia.

Fibroma uterino: o que é, sintomas, causas e tratamento

Principais sintomas

Os fibromas uterinos são tumores benignos que se desenvolvem no útero, também conhecido como mioma. Esses tumores podem variar de tamanho e quantidade, e podem apresentar sintomas diferentes dependendo do caso. Alguns dos principais sintomas que podem ocorrer em mulheres com fibroma uterino incluem:

1. Sangramento menstrual intenso: muitas mulheres com fibromas uterinos experimentam períodos menstruais muito mais intensos do que o normal. Esse sangramento excessivo pode levar à anemia e à fadiga.
2. Dor pélvica: algumas mulheres relatam dor na região pélvica, que pode variar de leve a intensa. Essa dor pode ser constante ou intermitente.
3. Aumento do volume abdominal: fibromas uterinos de grande tamanho podem causar aumento do volume abdominal, semelhante a uma gravidez.
4. Micção frequente: fibromas que comprimem a bexiga podem levar à micção frequente e urgente.
5. Constipação: em alguns casos, os fibromas podem pressionar o intestino e causar constipação.

É importante ressaltar que nem todas as mulheres com fibromas uterinos apresentam sintomas. Além disso, a presença de sintomas não significa necessariamente que os fibromas precisam ser tratados, pois dependerá da gravidade e do impacto na qualidade de vida da mulher.

Possíveis causas

As causas exatas do desenvolvimento de fibromas uterinos ainda não são totalmente compreendidas, mas alguns fatores podem aumentar o risco de uma mulher desenvolver esses tumores. Esses fatores incluem:

1. Estrogênio: níveis elevados de estrogênio parecem estar associados ao crescimento dos fibromas uterinos. Esses tumores tendem a diminuir após a menopausa, quando os níveis de estrogênio diminuem naturalmente.
2. Histórico familiar: mulheres com parentes de primeiro grau, como mãe ou irmãs, com fibromas uterinos, têm um risco maior de desenvolvê-los.
3. Obesidade: estudos mostram que mulheres com índice de massa corporal (IMC) mais alto têm maior probabilidade de desenvolver fibromas uterinos.
4. Raça: mulheres negras têm maior predisposição para desenvolver fibromas uterinos em comparação com mulheres de outras raças.
5. Idade: os fibromas são mais comuns em mulheres em idade reprodutiva, geralmente entre 30 e 40 anos.

Embora esses fatores possam aumentar o risco, muitas mulheres com fibromas uterinos não apresentam fatores de risco conhecidos.

Como confirmar o diagnóstico

Se uma mulher apresentar sintomas que sugiram a presença de fibromas uterinos, um exame físico e exames complementares podem ser realizados para confirmar o diagnóstico. O médico pode realizar exames como:

1. Exame pélvico: durante um exame pélvico, o médico pode sentir a presença de um fibroma uterino através do toque vaginal.
2. Ultrassonografia: a ultrassonografia é frequentemente utilizada para identificar e avaliar a presença de fibromas uterinos. Esse exame utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas do útero.
3. Ressonância magnética (RM): em alguns casos, a RM pode ser usada para obter imagens mais precisas dos fibromas uterinos, especialmente se houver suspeita de crescimento para dentro da parede uterina.
4. Histeroscopia: para identificar a localização exata dos fibromas e avaliar o revestimento uterino, um tubo fino e iluminado chamado histeroscópio pode ser inserido no útero através do colo do útero.

Com base nos resultados desses exames, o médico poderá confirmar o diagnóstico de fibroma uterino e discutir as opções de tratamento adequadas.

Como é feito o tratamento

O tratamento para fibromas uterinos pode variar dependendo dos sintomas, da idade da mulher, dos planos futuros de gravidez e do tamanho e localização dos fibromas. As opções de tratamento incluem:

1. Observação: se uma mulher não apresentar sintomas significativos ou se os sintomas forem leves, o médico pode recomendar apenas monitoramento regular para verificar o tamanho e a taxa de crescimento dos fibromas.
2. Medicamentos: certos medicamentos podem ser prescritos para aliviar os sintomas associados aos fibromas uterinos, como sangramento intenso e dor. Os medicamentos podem incluir contraceptivos hormonais, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).
3. Procedimentos minimamente invasivos: em casos em que os sintomas são mais severos ou os fibromas são grandes, podem ser necessários procedimentos minimamente invasivos, como embolização das artérias uterinas ou miomectomia. Esses procedimentos visam reduzir ou remover os fibromas sem remover todo o útero.
4. Cirurgia: em casos graves ou quando não há mais desejo de gravidez, pode ser recomendada a remoção completa do útero, conhecida como histerectomia.

A decisão sobre qual tratamento seguir deve ser individualizada e discutida entre a paciente e seu médico, levando em consideração os diferentes aspectos de cada opção.

Em conclusão, os fibromas uterinos são tumores benignos que podem causar uma variedade de sintomas em mulheres em idade reprodutiva. Embora as causas exatas não sejam totalmente compreendidas, fatores como níveis hormonais, histórico familiar, obesidade, raça e idade podem aumentar o risco de desenvolvimento desses tumores. O diagnóstico geralmente é confirmado por meio de exames físicos e de imagem, como ultrassonografia e histeroscopia. O tratamento pode variar desde observação e medicamentos até procedimentos minimamente invasivos ou cirurgia, dependendo dos sintomas e das necessidades individuais da paciente.

Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.