O Tumor de Wilms é um câncer renal raro que afeta principalmente crianças. Os sintomas podem incluir inchaço abdominal, dor e hematúria. O tratamento envolve cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Tumor de Wilms: o que é, sintomas e tratamento
Conteúdo
Principais sintomas
O tumor de Wilms, também conhecido como nefroblastoma, é um câncer raro que geralmente afeta crianças com menos de cinco anos de idade. Esse tipo de tumor se desenvolve nos rins e pode causar diversos sintomas, os quais variam dependendo do estágio em que se encontra.
Uma das principais indicações de um possível tumor de Wilms é a presença de uma massa abdominal palpável, geralmente indolor. Essa massa pode ser percebida pelos pais ou pelo médico durante o exame físico de rotina da criança. É importante ressaltar que a massa abdominal também pode indicar outros problemas de saúde, por isso é fundamental passar por uma avaliação médica para um diagnóstico mais preciso.
Outro sintoma comum do tumor de Wilms é a presença de sangue na urina, também conhecida como hematúria. Essa hemorragia pode ocorrer de forma intermitente e sua intensidade pode variar de leve a grave. A hematúria geralmente é causada pela compressão do tumor nos vasos sanguíneos dos rins.
Os sintomas também podem incluir dor abdominal, perda de apetite, perda de peso inexplicável, febre, fadiga e hipertensão arterial. Esses sintomas são menos específicos e podem ser confundidos com outras condições, mas é importante buscar orientação médica caso a criança apresente algum desses sintomas.
Possíveis causas
As causas exatas do tumor de Wilms ainda são desconhecidas, mas estudos sugerem que fatores genéticos e hereditários desempenham um papel importante no seu desenvolvimento. Cerca de 10% dos casos de tumor de Wilms estão associados a síndromes genéticas, como a síndrome de WAGR, síndrome de Denys-Drash e anomalias de Wilms, tumor anirídio geniturinário (WTAG).
Além disso, alguns fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento desse tumor, como histórico familiar de câncer renal, idade (maior incidência em crianças com menos de cinco anos) e sexo (ligeiramente mais comum em meninas).
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico do tumor de Wilms começa com uma avaliação clínica completa, incluindo histórico médico da criança e exame físico. Se houver suspeita desse tipo de tumor, o médico pode solicitar exames complementares para confirmar o diagnóstico.
Um dos exames mais utilizados para identificar a presença de um tumor de Wilms é a ultrassonografia abdominal, que permite visualizar os rins e possíveis massas. A tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) também podem ser solicitadas para obter imagens mais detalhadas dos rins e dos tecidos ao redor.
Outros exames que podem ser realizados incluem exames de sangue (hemograma completo, função renal e hepática) e exame de urina para detectar a presença de sangue e outros marcadores tumorais. Se necessário, uma biópsia renal pode ser realizada para confirmar o diagnóstico e avaliar o tipo e o estágio do tumor.
Opções de tratamento
O tratamento do tumor de Wilms varia de acordo com o estágio do câncer, a idade da criança e outros fatores individuais. Geralmente, a abordagem terapêutica envolve a combinação de cirurgia, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia.
A cirurgia é realizada para remover o tumor e o rim afetado. Em alguns casos, apenas parte do rim pode ser removida, preservando assim parte de sua função. Após a cirurgia, a amostra do tumor é enviada para análise patológica para determinar seu tipo e características específicas.
A quimioterapia é uma das principais formas de tratamento para esse tipo de câncer e é administrada após a cirurgia. Essa terapia utiliza medicamentos antineoplásicos para destruir as células cancerígenas restantes e prevenir a recorrência do tumor. A duração e o tipo específico de quimioterapia dependem do estágio do tumor e da resposta individual da criança.
Em casos mais avançados ou com maior risco de recorrência, a radioterapia pode ser utilizada após a cirurgia. Essa modalidade de tratamento utiliza radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas remanescentes.
É importante ressaltar que o tratamento do tumor de Wilms é individualizado e deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, que inclui oncologistas pediátricos, cirurgiões, radioterapeutas e enfermeiros especializados em cuidados pediátricos. O acompanhamento regular após o tratamento é fundamental para monitorar a recorrência do tumor e acompanhar o desenvolvimento da criança.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.
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