Ursodiol é um medicamento usado para dissolver cálculos biliares e tratar cirrose biliar. Deve ser tomado conforme prescrição médica. Pode causar diarreia.
Para que serve
Conteúdo
O Ursodiol, conhecido também como ácido ursodesoxicólico, é uma medicação prescrita com uma série de finalidades terapêuticas focadas principalmente no tratamento de doenças do fígado e da vesícula biliar. Seu uso é recomendado em casos de cálculos biliares pequenos e colesterolícos em pessoas que não podem ser submetidas à cirurgia de vesícula devido a riscos elevados ou outras condições médicas. Além disso, o Ursodiol é utilizado no tratamento da cirrose biliar primária, uma doença crônica do fígado que gradualmente destrói os dutos biliares, levando a um acúmulo danoso de bile dentro do órgão.
A eficácia do Ursodiol advém de sua capacidade de diminuir a produção de colesterol pela própria vesícula e dissolver o colesterol presente na bile, auxiliando assim na dissolução dos cálculos biliares. Adicionalmente, esse medicamento tem o poder de proteger as células do fígado e melhorar o fluxo de bile, um aspecto crucial no tratamento da cirrose biliar primária e outras desordens hepáticas. Ao melhorar o fluxo biliar, reduz-se o acúmulo prejudicial de substâncias, aliviando sintomas e impedindo o avanço da doença.
Como tomar
A forma de administração do Ursodiol dependerá da condição a ser tratada, da gravidade da doença e da apresentação específica do medicamento. Normalmente, o Ursodiol é tomado oralmente, com ou sem alimentos. É crucial seguir as instruções do médico com precisão em relação à dosagem e duração do tratamento. Para cálculos biliares, o tratamento pode se estender por meses até que os cálculos se dissolvam, e é possível que a necessidade de continuar com o medicamento seja avaliada através de ultrassonografias periódicas. No caso de cirrose biliar primária, o tratamento é geralmente de longo prazo, e a dosagem adequada varia de acordo com o peso do paciente e a resposta ao tratamento.
É importante não alterar a dosagem sem antes consultar um profissional de saúde. Se uma dose for esquecida, deve-se tomar assim que possível, a menos que esteja muito próxima da próxima dose, neste caso, pule a dose esquecida para evitar doses duplas, que podem aumentar o risco de efeitos colaterais.
Possíveis efeitos colaterais
O tratamento com Ursodiol, como qualquer outro medicamento, pode causar efeitos colaterais, embora estes não se manifestem em todos os pacientes. Os efeitos mais comuns incluem desconforto gastrointestinal, como diarreia, gases, constipação e dor abdominal. Em casos raros, podem ocorrer reações alérgicas sérias, manifestadas por sintomas como dificuldade para respirar, inchaço da face, lábios, língua ou garganta, urticária e coceira intensa.
Também foram reportados casos de fadiga, cefaleia, tonturas e sintomas gripais como parte dos efeitos colaterais possíveis, mas são menos frequentes. É fundamental notificar o médico imediatamente caso qualquer um desses sintomas se manifeste de forma severa ou persistente. A monitorização regular pelo médico permitirá ajustar a dosagem, se necessário, ou tomar medidas para aliviar os sintomas.
Quem não deve usar
O Ursodiol não é indicado para todos. Existem condições e circunstâncias específicas nas quais o medicamento deve ser evitado. Pessoas com hipersensibilidade conhecida ao Ursodiol ou a qualquer componente da formulação não devem fazer uso do medicamento. Pacientes com cálculos biliares calcificados, que não podem ser dissolvidos pelo tratamento, também são aconselhados contra o uso deste medicamento, assim como aqueles que possuem obstrução do ducto biliar, condições estas que podem ser agravadas pelo uso de Ursodiol.
Além disso, mulheres grávidas ou que estão amamentando devem consultar um médico antes de começar o tratamento com Ursodiol, para avaliar os possíveis riscos e benefícios. Pacientes com doenças severas do fígado ou da vesícula biliar devem ser cuidadosamente avaliados por um especialista, pois o uso deste medicamento nessas condições necessita de uma avaliação rigorosa dos riscos versus benefícios, podendo exigir ajustes de dosagem ou, em alguns casos, a indicação de uma alternativa de tratamento.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.
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