Condição pouco falada e pouco conhecida no mundo feminino, o vaginismo está presente em milhares de relações pelo mundo. Assim, o que é o vaginismo e quais são seus sintomas e causas?
Apesar de ser algo pouco debatido, é impossível não estar ciente do seu maior sintoma: a dor durante relações sexuais. Por outro lado, ainda é muito difícil ter a percepção do problema.
Pensando nisso, no artigo de hoje vamos falar tudo sobre essa condição e como o seu tratamento funciona.
O que é vaginismo?
Conteúdo
De maneira simplificada, podemos definir o vaginismo como um sentimento de dor durante a penetração em uma relação sexual. Nesse sentido, os músculos da região vaginal acabam se contraindo mais do que o esperado.
Com isso, acaba gerando dores fortes e impossibilita qualquer tipo de penetração efetiva. Atualmente, o estimado é que 5% das mulheres sofram de vaginismo, sendo que a grande maioria sequer sabem da existência dessa condição.
O vaginismo é um tema muito amplo e que pode decorrer de diversas causas, o que dificulta sua percepção. Entretanto, é uma condição não muito complexa e também com fácil tratamento.
Tipos de vaginismo
Apesar de ter um conceito direcionado, o vaginismo ainda é dividido em dois grandes grupos: o primário ou vital e o secundário ou adquirido. Ambos os tipos dividem os sintomas e as causas, mas com uma diferença importante.
Assim, a diferença principal pode ser entendida como:
- Primário / vital
Como o próprio nome já diz, o vaginismo primário ocorre desde o princípio, ainda no começo da penetração. Porém, como a dificuldade é algo natural nas primeiras vezes, muitas mulheres demoram muito até perceber o problema.
Além disso, às vezes ocorre uma questão de orgulho, de tentar acreditando que vai dar certo em algum momento. Entretanto, não é bem assim e no final das contas pode só causar um grande desconforto.
- Secundário / adquirido
Diferente do primário, o tipo secundário ocorre de maneira progressiva, ou seja, vai surgindo com o decorrer dos anos. Dessa forma, as dores vão chegando a medida em que a mulher vai tendo relações.
Nesse caso, pode ocorrer ainda que a mulher já possua uma vida sexual ativa e ainda que não tenha ocorrido nenhum evento significativo para isso. Por exemplo, uma simples irritação hormonal já seria suficiente para desencadear o vaginismo.
Independente do tipo escolhido, o mais difícil sempre vai ser o diagnóstico, principalmente por conta das suas causas não serem tão específicas. Nesse sentido, é comum que sejam confundidos com outros problemas de saúde.
Geralmente, o tipo secundário vai aparecendo aos poucos, como a ausência de lubrificação de uma hora para outra. Ou seja, de alguma forma o corpo vai avisando que algo está saindo do natural, o que pode ajudar a identificar um possível problema.
Causas do vaginismo
A principal razão para o vaginismo ainda não ser um assunto tão comentado é a dificuldade em perceber sua presença. Isso ocorre, principalmente, pelo fato do mesmo não possuir apenas causas físicas, mas também pode ser desencadeado pelo lado emocional.
Com isso, fica muito complicado saber o que é e o que não é vaginismo, abrindo uma margem grande para duplas interpretações e, consequentemente, uma dificuldade de diagnóstico. Assim, os principais motivos que levam ao aparecimento do vaginismo são:
- Abuso sexual, seja sofrido ou como testemunho direto;
- Hemorroidas;
- Ansiedade;
- Estresse;
- Medo de engravidar;
- Infecção urinária;
- Tumores na região pélvica;
- Traumas causados pelo parto;
- Menopausa;
- Septo vaginal;
- Medo ou fobia do contato íntimo.
Em geral, esses são apenas os principais vistos e conhecidos, mas as causas podem ser muito maiores e com muito mais variação. Por isso, é importante estar atento e realizar os exames preventivos e periódicos.
Sintomas do vaginismo
Diferente das causas, o vaginismo tem sintomas bem específicos e que podem ajudar e muito na identificação do problema. Em geral, os principais pontos visualizados são:
- Contração da vagina de maneira involuntária;
- Ansiedade generalizada;
- Ardência na região íntima durante relação sexual;
- Dor constante durante a penetração;
- Autoestima baixa;
- Dores durante exames rotineiros de ginecologia;
- Dificuldade para uso do absorvente interno.
É claro que tudo depende de cada mulher, de cada corpo e de cada caso específico, para determinar os sintomas e como o vaginismo se apresentou. Mesmo assim, o sintoma principal e mais do que esperado em todos os casos é a dor durante penetrações.
Para ser feito o diagnóstico, o mais recomendado é que seja comandado por um ginecologista especializado no assunto. Entretanto, no caso de ausência do profissional na região, pode ser feito sem nenhuma restrição por um clínico geral.
Quanto ao processo, tudo vai ser feito com base primeiramente no histórico do paciente e um exame clínico realizado na hora. Além disso, também é realizado um exame de imagem para descartar algum outro problema que possa causar os sintomas citados.
Tratamento indicado
Assim como qualquer outro problema de saúde, o vaginismo deve ser tratado de acordo com o caso específico de cada pessoa. Além disso, as causas também devem ser consideradas aqui, afinal, podem mudar completamente o tratamento indicado.
Por exemplo, um vaginismo causado por um trauma de parto precisa ser tratado de maneira diferente ao que foi causado por um problema de ansiedade ou estresse. Nesse último caso, o tratamento seria inteiro baseado na ansiedade.
Por outro lado, existem ainda exercícios físicos para fortalecer a região íntima, com um trabalho de dilatação, o que facilitaria a penetração. Entretanto, esse tipo de tratamento precisa ser devidamente acompanhado do início ao fim.
Esse acompanhamento deve ser feito não só por um ginecologista, mas por psicólogos e fisioterapeutas. Afinal, as causas são diversas e os sintomas igualmente diferentes, o que acaba gerando uma necessidade de acompanhamento por todas as frentes.
Para saber mais detalhes com um médico, veja o vídeo abaixo:
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