As infecções sexualmente transmissíveis são problemas de saúde pública que o mundo inteiro precisa combater. Entre elas, existe a Gonorreia, que é uma das mais perigosas por conta do seu silêncio.
Diferente de outras ISTs, a gonorreia muitas vezes é assintomática, o que impede que seja realizado um tratamento precoce e mais tranquilo. Em geral, só é descoberta já com os sintomas visíveis, que muitas vezes demoram a aparecer.
O grande problema desse tipo de infecção é que não dá margem para a pessoa avisar pessoas com quem teve relação sexual. Ou seja, essas pessoas já podem ter se relacionado novamente depois, e por aí vai em uma grande fila que ninguém consegue ter controle depois.
Com isso, os casos aumentam e o índice de tratamento não acompanha esse crescimento. Normalmente, mulheres por exemplo, só descobrem que estão com gonorreia por conta do seu parceiro testar positivo.
Ou, ainda, durante a gestação, pois o exame é feito durante a gravidez, já que existe a possibilidade de passar a gonorreia para o bebê durante o parto.
O que é a gonorreia?
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A gonorreia é mais uma das infecções sexualmente transmissíveis, conhecida popularmente como IST. Assim, causada por uma bactéria chamada de Neisseria Gonorrhoear, é uma das IST’s mais conhecidas no mundo.
Atualmente, no mundo inteiro, estima-se que pelo menos 2% da população convivem com a doença, muitas vezes sem saber de fato sobre isso. Afinal, principalmente para mulheres, é uma doença assintomática.
Uma outra forma de adquirir a gonorreia é durante o parto, quando a mãe passa para o bebê. Por isso, é preciso que se descubra com antecedência para evitar esse tipo de situação.
Geralmente, a bactéria pode se manter no corpo, sem apresentar nenhum sintoma, por pelo menos sete dias. Quando falamos de crianças, os efeitos podem chegar inclusive a perda de visão, principalmente por conta de atingir diretamente os olhos.
Para os adultos, as principais consequências estão relacionadas a fertilidade, causando um problema para ter filhos de ambos os lados.
Como ocorre o diagnóstico
O aparecimento dos primeiros sintomas da gonorreia ocorre entre o dia seguinte até duas semanas da infecção. Ou seja, o tempo desde a última relação sexual é uma das primeiras perguntas que os médicos costumam fazer.
Na verdade, nem se trata da última relação, mas quanto tempo depois dela os sintomas apareceram, já que seria primordial para saber que se trata da gonorreia. Normalmente, a primeira percepção é da secreção nas roupas.
Além de saber sobre a relação sexual, o paciente realiza também alguns exames clínicos para confirmar o diagnóstico. Assim, existem alguns exames clínicos para analisar especialmente as secreções.
Para esse exame, ocorre a coleta direta de secreções na uretra, para evitar qualquer tipo de contaminação no que já foi expelido. Assim, em geral, o diagnóstico não é demorado, visto que esse exame por exemplo dura mais ou menos 15 minutos.
Dessa forma, é bastante rápido para saber sobre os resultados e já iniciar o tratamento. Essa urgência do diagnóstico ajuda a iniciar rapidamente as tratativas e evitar uma piora no quadro clínico.
Além disso, também ajuda a pessoa infectada a entrar em contato com as pessoas que teve alguma relação sexual e avisar sobre as condições. Afinal, as chances de ter sido passada a alguém são bem grandes.
Quais são os sintomas da gonorreia?
A gonorreia possui sintomas bem característicos mas ainda difíceis de serem associados a ela. Normalmente, os principais sintomas são:
- Inflamação na uretra;
- Dor ao urinar;
- Secreção amarela saindo na uretra.
Esses três sintomas são mais generalizados, mas existem outros que podem ser mais direcionados para homens. Para os homens, os sintomas são mais visuais, como a secreção que costuma ser bem comum.
Já para as mulheres, o problema fica um pouco mais complexo, por se tratar de uma doença assintomática. Ou seja, só vai ser identificado durante exames rotineiros ou, ainda, quando o parceiro for diagnosticado e naturalmente for realizado um exame preventivo.
Dessa forma, é possível perceber o tamanho da gravidade de não se ter sintomas presentes para mulheres, fazendo com que muitas convivam por anos com a doença sem saber. Assim, outros sintomas comuns são:
- Coceira no canal;
- Sangramento.
Saindo da região das genitálias, existem ainda os sintomas na garganta e nos olhos, sendo que no último ocorre a presença de conjuntivite. Na garganta, existe a dor aguda e uma alteração bastante perceptível na fala.
Quando não tratada corretamente, a gonorreia pode causar infertilidade nos homens e nas mulheres, principalmente por chegar até seus órgãos reprodutores. Nesse caso, fica evidente que é uma doença que aparece de forma simples mas pode evoluir de maneira drástica.
Por isso, é de extrema importância que os exames de rotina sejam realizados, principalmente para mulheres, já que não ocorre a presença de sintomas.
Tratamento da gonorreia
Anteriormente, o tratamento da gonorreia era feito com uso de um medicamento, a penicilina benzatina. Entretanto, pelo uso constante, começaram a aparecer cepas mais resistentes e, consequentemente, imunes a essa medicação.
Com isso, a penicilina deixou de fazer efeito e não é mais usada como tratamento principal. Atualmente, o principal tratamento é aplicação de injeções com ceftriaxona e azitromicina, em dose única.
Essa dose única é chamada de assistida, pois ocorre com a presença do médico, para atestar que está sendo feita da forma correta. Além disso, como já falamos anteriormente, é necessário avisar todas as pessoas com quem se teve relação pelo menos nos últimos dois meses.
Se foram parceiros de muito tempo, apenas o teste é ideal, mas caso a relação tenha ocorrido nos últimos 15 dias, o ideal é que o parceiro já inicie o tratamento com ou sem teste positivo.
Isso só é possível pelo fato do tratamento ser gratuito nos postos de saúde, e caso não possua, costuma ser extremamente barato perto do que é capaz de evitar. Para crianças, o tratamento fica por conta do uso de colírios para ajudar no problema de visão.
Para saber mais sobre o assunto, veja o vídeo do médico abaixo:
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